Uma nova massa de ar polar avança sobre Minas Gerais nesta semana, provocando geada em cidades do Sul do estado e também na capital paulista. No entanto, em Belo Horizonte,
o frio será menos intenso do que o registrado no início de junho. A previsão indica mínima de 13 °C, com temperaturas amenas e queda de temperatura apenas até a manhã de sexta-feira (28).
Por ser uma massa de ar menos intensa, a expectativa é de uma passagem mais rápida. “Não teremos recordes de frio nos próximos dias”, afirmou Lucas Oliver, professor de geografia e cientista do clima.
Enquanto a capital mineira registra temperaturas mais amenas, as regiões de maior altitude sofrem os maiores efeitos da massa polar. “Locais como o topo da Serra da Mantiqueira, o Sul de Minas e áreas do norte de São Paulo, na divisa com Minas, estão sendo mais afetados”, explicou.
O que provoca geada?
A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou as temperaturas mais baixas do ano na madrugada desta quarta-feira (25). De acordo com a rede de estações meteorológicas do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura de São Paulo, a menor temperatura foi observada na estação Parelheiros-Rodoanel, no extremo sul da capital: −0,3 °C.
Em algumas áreas paulistas houve geada. “Ela ocorre quando o ar está muito frio, próximo de 0 °C, e há alta umidade, como aconteceu após a passagem de uma frente fria”, explicou o meteorologista. A frente fria que atuou na terça-feira (24) deixou o ar úmido, favorecendo esse fenômeno com a chegada do ar gelado.
Já em Belo Horizonte, a chance de geada é praticamente nula. “Não vai chegar a 0 °C. A menor temperatura já registrada por aqui é próxima de 5 °C. Talvez no início do século XX tenha ocorrido alguma geada, mas hoje é muito improvável”, completou. Segundo o Inmet, a menor temperatura na capital mineira aconteceu em 2022: 4,4ºC.
Um ponto de atenção, no entanto, é a amplitude térmica. “Quando uma massa de ar quente é substituída rapidamente por uma massa polar, a queda de temperatura é brusca. Essa variação acentuada pode afetar a saúde da população, especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias”, alertou.